A “audiência pública” sobre “a política de gestão de pessoas já adotada na UFPR”, realizada na tarde desta sexta-feira (16/12) pela Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (Progepe), foi marcada pela baixa presença de público e por críticas dos servidores técnico-administrativos.
Apenas cerca de 30 servidores estiveram presentes no auditório da Progepe –metade deles integrantes do próprio quadro da pró-reitoria.
Além da fraca divulgação –a data da audiência foi divulgada apenas anteontem (14/12) pelo site da UFPR–, os trabalhadores também criticaram o fato de a Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas não divulgar nenhum documento por escrito acerca de sua proposta.
“Não vamos apresentar nada hoje, não preparamos nada. Não foi isso o acordado”, alegou a pró-reitora Laryssa Born, que se negou inclusive a fazer uma exposição oral sobre os projetos de sua pasta. “Nossa política já está aí desde 2009.”
Laryssa também se negou a promover uma nova audiência pública antes de enviar o documento ao Coun (Conselho Universitário), conforme prevê o termo de negociação da pauta local de reivindicações da última greve da categoria. “[Essa sugestão de encaminhamento] não será acatada.”
“A administração da UFPR promoverá audiência pública e sessão temática no Coun e, no prazo de 60 dias, encaminhará a este conselho proposta de Política de Gestão de Pessoas para a UFPR”, diz o termo, assinado pelo reitor Zaki Akel Sobrinho em 13 de setembro.
Esse prazo de dois meses já se esgotou, portanto, há mais de um mês, em 13 de novembro, sem que a atual gestão da universidade tivesse enviado qualquer proposta ao conselho.
Os servidores técnico-administrativos presentes no auditório da Progepe solicitaram ainda que a ata do encontro desta sexta-feira fosse tornada pública. A pró-reitora não se manifestou sobre essa solicitação.
Ao longo do encontro, alguns servidores se limitaram a fazer suas sugestões, por escrito ou oralmente.
Ao final, restou a impressão definitiva de que a “audiência pública” foi convocada apenas para –de forma tardia e superficial– supostamente cumprir uma formalidade que consta do termo de negociação.