Aqueles que estiveram presentes ao evento realizado pelo SINDITEST na tarde do dia 11 de Abril puderam acompanhar como acontecem as articulações de bastidores na Universidade Federal do Paraná. Foram três momentos que ilustram que o quanto os trabalhadores da base ficam longe de saber das negociações que acontecem na cúpula do poder da UFPR.
O assessor jurídico Marcelo Trindade, que foi apresentado, assim como a sua equipe, como representantes do novo escritório de advocacia que passa a representar o SINDITEST, fez uma brilhante explanação demonstrando que, entre outros pontos, os servidores que estão investidos em cargo de confiança (CD ou FG) não são obrigados ao cumprimento da jornada de oito horas diárias. Mas em sua fala, Wilson Messias, na tentativa de explicar as razões do porque a resolução 56/11 de 22 de dezembro de 2011 do COUN estabelecer essa exigência e que se amparou unicamente na lei, que havia sido objeto de análise do advogado Trindade.
         Judit Gomes, diretora do SINDITEST, em sua fala, explicou que a diretoria do sindicato quando esteve reunida entendeu que uma pequena parcela de 375 servidores em cargos de chefia e que teriam que continuar a fazer oito horas por dia era pequena perda em razão do restante dos servidores que poderão conquistar as seis horas. Isso é um contrassenso, visto serem estes servidores, na grande maioria, filiados ao sindicato e notem parte da informação postada no site da entidade no dia 19 de março ultimo “Apesar de não representar formalmente estes trabalhadores, o SINDITEST vem tendo ações políticas em defesa dos trabalhadores terceirizados, através da atuação da Secretaria de Terceirizados. A greve e a luta destes trabalhadores merece a solidariedade de todos os servidores das universidades.”.
         Carla Cobalchini, presidente do SINDITEST e a outra representante dos técnico-administrativos na Comissão que elaborou a Resolução 56/11, tentou justificar que a inclusão dos relógios pontos para os técnico-administrativos da UFPR foi uma imposição dos Diretores de Setor como contrapartida para que estes aprovassem a Resolução no Conselho Universitário. Notem que a resolução é de dezembro de 2011. Queremos saber quando nossos representantes sindicais iriam nos informar que isso fez parte de uma negociação que ninguém sabia que aconteceu? Quando esses mesmos dirigentes sindicais irão fazer uma campanha contra a implantação dos relógios pontos para os técnico-administrativos da UFPR?

Voltaram a ser todos amigos?